As vezes eu me sinto um violinista sozinho. Os carros passam nas ruas da cidade grande. As pessoas andam nas ruas da cidade pequena. Mas ainda existem cidades pequenas? Eu gosto de praças bem cuidadas e simples, eu gosto das casas do interior, eu gosto de olhar do alto de serras... E gosto de comida de fogão de lenha, de correr na grama até cansar e me deixar cair, de água de córrego limpo, de paisagem de cachoeira, das árvores do cerrado, da igrejinha velha do vilarejo...
Hoje em dia as pessoas não gostam mais disto. Não tem tempo de gostar. Eu não sinto mais o cheiro da terra molhada quando chove, nem ouço os passarinhos cantando de manhã.
Eu não posso fazer planos com alguém de ter uma casa rústica na roça e, ao menos, visitá-la com frequência. Hoje em dia as pessoas parecem não suportar isto. Parecem não suportar simplicidade.
E ao parar pra pensar nisto eu fico como um violinista sozinho.
Hoje em dia as pessoas não gostam mais disto. Não tem tempo de gostar. Eu não sinto mais o cheiro da terra molhada quando chove, nem ouço os passarinhos cantando de manhã.
Eu não posso fazer planos com alguém de ter uma casa rústica na roça e, ao menos, visitá-la com frequência. Hoje em dia as pessoas parecem não suportar isto. Parecem não suportar simplicidade.
E ao parar pra pensar nisto eu fico como um violinista sozinho.